sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Um mês no Québec

Ao longo do tempo que decidi imigrar, foram vastas as informações que obtive em blogs, em lista de discussão, etc. E mais vasta também foram as opiniões se devemos ou não imigrar. Há os que são a favor e os que são contra. Inclusive uns dias antes da minha saída do Brasil, algumas pessoas da lista me perguntavam se valia ou não a pena.
O que dizer diante de tal questão, quando eu ainda nem tinha chegado aqui?

Hoje após um mês aqui posso dizer que é uma experiencia dificil, pois vc chega em um lugar totalmente estranho (nem tanto no meu caso), onde vc tem que começar absolutamente do zero (ao menos no meu caso). Mas, nem por isso é algo que não valha pena . O que eu posso dizer é que até o momento tudo vai de encontro ao que eu tinha certeza que iria encontrar e também algumas supresas inesperadas, mas nem por isso ruins.

Hoje faz 30 dias que estou aqui, e quarta-feira eu recebi finalmente meu PR card, foi um «grande» acontecimento celebrado por meus amigos daqui. Até o momento o PRcard e o o SIN são os unicos documentos que eu consegui, a carte d’assurance maladie já foi pedida e claro que tomará um tempo maior, como previsto. E o permis de conduire é uma novela, que explicarei nos prós e contras de morar em um lugar mais distante dos grandes centros no Canadá.

Durante toda minha pesquisa de imigração eu tinha direcionadao minha ida para Montréal; mas, dois meses antes de sair do Brasil, eu decidi vir para Val-D’Or (Abitibi –Qc) ao invés de ir para uma grande cidade como Montréal. Porque?

Achei que teria uma adaptação mais fácil, pelo fato de já ter morado aqui antes, ter amigos e conhecidos na cidade. E saber que morando aqui, eu voltaria mais facilmente a um francês fluente. E realmente tudo isto aconteceu. Porém ter vindo aqui tem seus prós e contras, que listarei abaixo :

1) Amigos (prós): durante todo este tempo, não teve um unico momento de solidão; claro que tive momentos de saudades, mas nada que o «skype» não resolva ao menos por hora, rsrsrsrs.
Mas, voltando aos amigos. A grande maioria deles são de canadenses, quer dizer todos na cidade onde eu moro são canadenses. Lógico que tenho apoio e contato de amigos brasileiros que estão morando em Québec, Montréal, etc. Mas, no dia-a-dia; só canadense. Até o momento não senti nenhum tipo de préconceito, de pessoas novas que conheci desde que cheguei; muito pelo contrário a maioria mostra curiosidade em saber por que escolhi Val-d’Or e sempre desejam que eu consiga me estabelecer na região.
E os amigos que eu já conhecia estão sendo de grande apoio, me acolheram em suas casas, me deram presentes, me convidam para sair, jantar, fazer compras, etc. Enfim, sempre tem alguém por perto para dizer um olá.

2) Francês (pros e contra): conviver em um lugar onde ninguém fala minha língua materna é um «pró» enorme, já que sou obrigada a falar francês o tempo todo. Mesmo sabendo bem francês os primeiros dias foram dificeis, e ainda tenho muito o que reaprender. Algumas pessoas são mais fáceis de entender outras mais dificeis, mas me sinto realmente confiante com a língua e ela não é de forma alguma um empecilho a minha adaptação, muito pelo contrário. Contra, aqui não tem escritório do MICC, portanto não tem francisation. Eu pensei em fazer ao menos um curso para desenvolver mais a escrita do francês e tem curso para isto aqui sim, mas custa CAD$230,00. Como eu disse tudo tem seus prós e contras.

3) Documentação : a maior parte dos documentos foi fácil obter como como o PRcard (é feito no aeroporto o pedido), o SIN (já sai do escritório aqui com o número em mãos e duas semanas depois recebi a carta pelo correio), carte d’assurance maladie (também não foi dificil, pedi o formulário por telefone e dias depois o recebi, fui a um CLSC e agora é só aguardar).
Porém : permis de conduire, uma novela; mesmo tendo um SAAQ aqui tenho que enviar meus documentos originais (passaporte, PRcard, CSQ, confirmação de imigrante, carteira de habilitação do Brasil) até Gatineau que é a cidade grande mais próxima. Isto quer dizer que além de ficar não sei quantos dias sem nenhum documento, eles também não se responsabilisam se o correio os perder , então nem pensar!!!!!
Equivalência de estudos pelo MICC : mesmo problema o escritório mais próximo é en Gatineau. E assim por diante…

4) Trabalho (contra) : eu sabia que minha área é bem difcil aqui, e é um longo caminho conseguir uma equivalência. Tanto que já previa voltar aos estudos, mas neste caso para mudar de área. O que já está a caminho, já mandei meu pedido de admissão a universidade que me interessa, agora é só esperar e ter uma boa nota no TFI (que é outro documento que preciso viajar para obter). Mas, contava ao menos conseguir um emprego por hora como assistente dentaire, mas apesar dos inúmeros CV nenhuma resposta até o momento. Como espero um retorno da faculdade não penso por hora em um emprego alternativo, mas se até janeiro não conseguir nada, acredito que vou ter que ir para uma cidade maior seja para seguir os estudos que quero, seja para conseguir um emprego. Não que aqui não tenha oferta de empregos, mas as vezes são proposta cujo meu perfil não se encaixa. Enquanto que em Montréal a ofertas para assistante dentaire são inúmeras.

5) Imigrar em pleno inverno (contra) : eu cheguei junto com a neve, não que eu não goste, eu sempre gostei. Mas, chegar no começo do inverno significa gastar mais comprando roupa de inverno, visto que depois de janeiro o preço das roupas de inverno entram em liquidação, acredito que chegar no fim do inverno seja melhor para «magaziner». E já li dicas para comprar artigos mais baratos no começo e depois comprar outros, mas sinceramente acho isto besteira; pois passar frio + os pés molhados em pleno inverno = gripe. E com a dificuldade de comprar remédios aqui e ver um médico; é melhor se garantir. Serm contar que é mehor gastar uma vez só, ams se preparem se vestir apra o inverno custa bem caro.....

6) Sistema publico de saúde (contra) : por sorte eu ainda não precisei, mas se precisar já seiq eu serão horas de espera na urgencia do hospital. Nem so canadenses que eu conheço aqui estam satisfeitos. É o que mais se fala nas eleições provincias que aconteceram em 10 dias. Tenho uma amiga, nascida e criada aqui que até hoje não tem médico de familia, assim como outros tantos canadenses em região. Agora imagina eu que acabei de chegar na região.

Estes são os pontos que sei que mais preocupa os novos imigrantes. Talvez nem todo mundo sinta como eu, mas esta é a realidade na qual me encontro hoje.

No mais, eu estou bem e feliz da minha escolha. Espero no próximo mês ter algum retorno dos projetos que eu já corria atrás.

Beijos e até breve

sábado, 22 de novembro de 2008

3 semanas e 1/2 no Québec

Quando eu penso que só se passou uma semana e meia desde meu último post sobre estar aqui; é até dificil de acreditar diante de tantas mudanças que ocorreram ao menos no meu modo de pensar e objetivos.

Primerio sobre emprego: aqui realmente está muito dificil achar algo na minha área. Se eu tivesse o tal permis para ser hygiéniste, ok? Mas, como não tenho e acho que eles me acham muito qualificadada para o cargo de assistente, acabo sem cargo algum. Diante disto até dei entrada no meu processo de equivalencia pela OHDQ; mas sinceramente se eu tiver que seguir mais um ano de curso não vou fazer, mesmo aqui eles acham um absurdo. Que pelo o que vou ganhar mais tarde é bem melhor fazer mais 2 anos de algum curso cuja a profissão tenha uma melhor demanda e remuneração por aqui.
Diante deste novo quadro, eu já fiz minha inscrição para retornar meus estudos na Universisdade, em um curso que eu já estava de olho mesmo estando no Brasil. Acho que tenho grandes chances de ser aceita e se tudo correr bem começo em janeiro.
Tudo vai depender da minha nota no teste de francês TFI. Então já viram venho me dedicando a toda em estudar o francês para ter uma boa nota.
Me preocupo principalmente com a questão gramatical, pois estas semanas de imersão em francês fizerar maravilhas com meu ouvido. Se bem que as vezes tenho mais facilidade de entender a TV em inglês do que em francês, o que me leva a reavaliar que meu inglês é mehor do que eu imagino, rsrsrsrs

Amigos: não tenho do que reclamar, o tanto que eles me ajudam aqui, me sinto completamente integrada e fico até com o coração partido de ter que ir estudar em outra cidade, mas infelizmente aqui apesar de ter o curso que pretendo fazer na faculdade, eu teria que voltar ao Cégep, enquanto em Québec eu posso começar direto na universidade.
Ah, e possivelmente hoje eu vou conhecer uma outra brasileira que mora aqui há 12 anos; depois conto como foi. Se bem que no telefone já nos falamos por mais de 1 hora como se fossemos velhas amigas, então acho que nos daremos muito bem, rsrsrs

Comida: na familia onde estou eles cozinham muito bem, mas por outro lado eu tenho uma amiga aqui que é casada com um francês que adora cozinhar, entã sem comentários: é divino ir comer na casa deles, rsrsrsrs.

Roupa de inverno: para quem vem, preparesse para gastar bem. Aconselho a comprar coisas boas para realemnte não passar frio e não ter que gastar mais depois tendo que comprar o ideal já que quiz economizar. Eu mesma comprei uma bota que me custo os olhos da cara, mas por outro lado tem um tal de anti-transpirante para bota não ficar umida e nem molhada por dentro e aguenta temperatura elevadas até -40ºC. Também comprei uma boa luva e os tais vêtement termique. Já os casacos ganhei dois, um é próprio para esquiar, então aguenta baixas temperaturas, sem brincadeira é uma economia de uns CAD$ 500,00 só nisto. Visto que são casacos de qualidade.

Auto-conhecimento: eu fiz terapia no Brasil durante um bom tempo, mas durante uma conversa com a irmã da minha grande amiga aqui, que é terapeuta holistica. Eu descobri algo que nunca havia surgido antes e que por si só já faz com que minha vinda pra cá vala totalmente a pena. Pois, traz a luz sonre algo que sobre meu modo de agir diante das coisas e da vida.

Saudades: eu falo com minha familia a quase tosdos so dias via skype e como morávamos em cidades diferentes, até o momento eu não tinha sentido a falta real até ontem. A familia onde eu estou se reuniu toda para discutir a festa de natal, e.... É, bateu um sentimento estranho, uma tristeza que na hora eu não sabeira bem dizer de onde vinha , mas que após ficou bem clara. Afinal o natal é a festa mais importante para minha mãe; ela adora reunir toda a familia e é difcil dizer quando poderemos passar outro natal juntas, então.... Nem tenho palavras para expresar o que eu sinto.

É isto por hora. Espero semana que vem ter outras novidades, rsrsrsrs. Beijos.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Impostos

Para quem quer saber quanto de imposto se paga sobre os rendimentos no Québec, segue os valores:
  • até 9.000 (F) 0,0% (Q) 0,0% = (T) 0,0%
  • de 9.600 até 12.000 (F) 12,5% (Q) 0,0% = (T) 12,5%
  • de 12.188 até 29.000 (F) 12,5% (Q) 16,0% = (T) 28,5%
  • de 29.290 até 37.000 (F) 12,5% (Q) 20,0% = (T) 32,5%
  • de 37.178 até 58.000 (F) 18,4% (Q) 2o,0% = (T) 38,4%
  • de 58.595 até 74.000 (F) 18,4% (Q) 24,0% = (T) 42,4%
  • de 74.357 até 120.000 (F) 21,7% (Q) 24,0% = (T) 45,7%
  • acima de 120.887 (F) 24,2% (Q) 24,0% = (T) 48,2%

F= federal Q= Québec T= total

O «leão» aqui abocanha bem grande...

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Segunda Semana no Québec

Tem horas que é dificil acreditar que só fazem 15 dias que cheguei aqui. As vezes tenho a sensação de estar aqui a séculos tamanho o número de coisas e infomações nova cada momento, rsrsrsrs.

E por falar em informações ai vai algumas curiosidades daqui; na minha primeira semana eu havia saido, mas como era um evento com muita gente achei que a cerveja estava meio quente por causa disto (afinal quem nunca foi no Brasil a um evento com muita gente onde a cerveja nem sempre esta na temperatura certa?). Sexta passada fomos jantar em um restaurante, eu pedi uma cerveja e novamente ela estava "fraîche" (fresca); depois do restaurante fomos um bar e novamente a cerveja fresca; então comentei com meus amigos canadense se a cerveja era sempre servida nesta temperatura e tive uma péssima novidade que É SIM. Eles ainda acharam que eu acho a cerveja aqui mais quente, pelo fato de no Brasil ser mais quente e dar uma diferença maior de temperatura entre a temperaturea externa e da bebida; mas juro a vcs que não é isto não, aqui a cerveja deixa muito a desejar no quesito temperatura ideal.

Já a comida que eu via gente reclamando a toda hora na lista de discussão devo dizer que não tenho do que reclamar, não sinto muita diferença ainda do que eu estava acostumada a comer no Brasil; muito pelo contrário, eles comem mais arroz agora do que há 18 anos quando estive aqui, rsrsrsrs.

Todo mundo vem sendo muito simpático e demosntram sempre interesse e me ajudam no que podem a me estabelecer aqui. Já dei entrada em todos os docuemtnos do governo necessário, e ssta semana já recebi minha carta do NAS, o fomulário da carte de assurance maladie.

Quanto ao transporte, descobri que na cidade tem algo chamado taxibus, é um taxi que fica mais em conta, e devemos chamar uma hora antes da viagem dizendo em que ponto estamos e a qual ponto queremos desembarcar (como se fosse um onibus), já juda e muito, visto que hoje voltou a nevar. Ainda não usei só fiz minha inscrição que custou CAD$3,00 e cada viagem custa este preço também.

Na semana que passou abri minha conta no banco, mas não consegui um cartão de crédito (o que me deixou bem decepcionada), a gerente daqui disse que só será possivel depois que eu tiver um trabalho, coisa que está meio dificil por aqui.

De fato eu sabi aque seria dificil, já que meus diplomas não são reconhecidos na função que eu exercia no Brasil. Pode ser que surja a oportunidade de trabalhar como assistente, mais não tem anda certo ainda. Esta semana que passou dei entrada no processo de equivalencia da ordem de hygiéniste dentaire, e assim que tiver novidades conto para vcs.

Fora isto, a vida tem sido só passeio e jantares, sem nenhuma atividade fisica, o que anda me preocupando, rsrsrsrs.

Todos são muto legais comigo, mas o humor varia um pouco, tem horas que tudo vai bem, mas tem horas principalmente quando tem toda esta incerteza de profissão que bate uma certa angustia e mesmo dias que rolei na cama até consegui dormir. Mas, na maior parte do tempo estou feliz da minha decisão.

É isto, mais uma semana que se passou.

Bjos e até breve.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Uma Semana No Québec

Olá a todos!

Sei que tem muita gente ansiosa para saber como anda a vida por aqui; até o momento tranquila.

Esta semana que passou foi uma semana de adaptação a minha nova realidade. Estou hospedada na casa de amigos até que eu encontre um trabalho; o que tem sido muito bom, pois me ajuda a me inteirar dos costumes, aprender pequenas coisas do dia-a-dia que são diferentes da nossa realidade e o mais importante praticar a língua.

No meu primeiro dia aqui, fiquei um tanto quanto preocupada com o "meu francês"; parecia que eu não entendi nada, mas no dia seguinte as coisas estavam melhor e hoje já me sinto bem confiante inclusive ao telefone, e c0om um grupo de amigos falando ao mesmo tempo.

E como é viver em uma região distante? Não é muito fácil para um novo imigrante que não conhece ninguém. Porque? A cidade não tem transporte público tem um tal de taxibus, mas eu ainda não entendi como funciona, rsrsrs. No momento estou vivendo de carona, mas sei que vou precisar de um carro logo.

Além disso, na cidade não tem bureau do MICC, portanto não tem francisation, até onde eu soube sou a unica brasileira pot aqui também; portanto para quem não conhece ninguém aqui e não fala um francês fluente, fica realmente dificil.

Quanto a obtenção dos documentos iniciais: o NAS foi super fácil a obter, estive no bureau e fui prontamente atendida sem fila. Já a carte d'assurance maladie como não tem bureau aqui, eu liguei para pedir um formulário que deve chegar nos próximos dias. Hoje devo ir ao banco e depois conto a vcs como foi.

Quanto aos canadenses, eu me sinto realmente bem recebida; todos me tratam super bem e sempre tem a pergunta pq o Québec? Pq Vald'Or? etc. Eles realmente precisam de mão de obra aqui e acham que as "ordens" deveriam facilitar mais a inserção de novos profissionais imigrantes, eles acham absurdo precisarem de médico e terem médicos taxistas em Montréal. Eles também ficam ficam besta de saber por exemplo que a ordem de hygieniste seja tão rigorasa com os dentista, já que um dentista formado sabe certamente fazer o que uma hygieniste faz. Até o momento a todos que falei parecem ser bem a favor de receber imigrantes, talvez nem todos sejam recebido desta forma, mas até o momento não tenho do que reclamar.

Eu tive um final de semana cheio de atividades, festa de hallowen na sexta, uma outra festa sábado e um jantar domingo e o próximo fim de semana promete ser cheio de atividades também.

Por hora é isto, assim que tiver mais novidade conto para vcs.
XXXX